A Calculista 2

Continuação do um

Quando a notícia do ataque chegou, Celine decidiu que era hora de agir. Ela se reuniu com os líderes da aldeia, usando suas habilidades para planejar uma defesa estratégica.

“Se formarmos um triângulo em torno da aldeia, podemos maximizar nossa força,” sugeriu Celine, traçando linhas na areia. Os homens a encararam, perplexos.

O medo estava escrito em seus rostos, mas a clareza das ideias de Celine começou a acalmá-los. Um dos aldeões, impressionado, disse: “Talvez essa menina tenha algo a oferecer.”

Naquela noite, Celine ficou acordada, analisando todos os dados que havia reunido. Era um momento de transformação, onde sua curiosidade se tornara uma ferramenta de esperança.

Quando o dia amanheceu, a aldeia estava preparada. Celine, nervosa, mas determinada, observou a linha de defesa se formar, e uma onda de orgulho a invadiu.

O ataque veio rápido, mas a estratégia de Celine funcionou. Ela percebeu que seus cálculos não eram apenas números; eram a vida de sua aldeia e seu futuro.

Após a batalha, Celine foi reconhecida pelos aldeões. A confiança que ela trouxe em meio ao caos acendeu uma chama de esperança no coração deles.

Mas, enquanto celebravam, Celine sabia que sua jornada estava apenas começando. O reino ainda precisava de soluções, e ela estava disposta a buscá-las.

As histórias sobre sua habilidade de calcular se espalharam pela aldeia, e até mesmo os nobres começaram a ouvir rumores de uma “menina prodígio” capaz de vencer batalhas apenas com cálculos e estratégias.

Um grupo de nobres se reuniu para discutir as dificuldades que enfrentavam em suas terras. A busca por alguém que pudesse trazer soluções se intensificou.

Celine sentia a mudança no ar. Ela sabia que, com sua habilidade, poderia ir além de sua aldeia e fazer a diferença em todo o reino.

Os desafios eram grandes, mas a determinação de Celine era maior. Seu caminho estava repleto de incertezas, mas a chama da esperança ardia em seu coração.

Na quietude da noite, enquanto olhava para as estrelas, Celine fez um voto silencioso: “Usarei meus dons para mudar este reino.”

Ela não sabia como, mas a certeza de que estava destinada a algo maior a preenchia. A vida na aldeia nunca mais seria a mesma, e Celine estava preparada para enfrentar os desafios que viriam.

Com cada dia que passava, ela se tornava mais confiante. A curiosidade que a havia levado a descobrir suas habilidades a impulsionava a explorar novas ideias.

Celine começou a criar fórmulas em sua mente, como se cada número tivesse uma história a contar. Seus pensamentos dançavam entre os cálculos e as soluções.

A vida na aldeia seguiu, mas Celine se sentia cada vez mais atraída pelo destino que a aguardava. O reino, com seus problemas complexos, chamava por ela.

Em seus sonhos, ela via o castelo e a figura solene do rei, ansioso por uma solução. Celine sabia que, para ajudar, precisaria de coragem e determinação.

O tempo passou, e o reino estava em constante mudança. Celine viu amigos e familiares lutando contra a opressão e a pobreza, e seu coração se enchia de determinação.

Sua mãe, percebendo o fogo nos olhos da filha, encorajou-a: “Celine, siga seu caminho. Você tem um dom. O mundo precisa dele.”

Celine sorriu, sabendo que estava pronta para enfrentar o desconhecido. As aventuras a aguardavam, e a coragem crescia dentro dela.

O reino de Lothaire clamava por soluções, e Celine estava disposta a dar tudo de si. O destino de seu povo a inspirava a seguir em frente.

Com uma determinação renovada, Celine preparou-se para deixar a aldeia. Estava na hora de levar seus cálculos ao castelo e desafiar o que a aguardava.

E assim, com o coração cheio de esperança, Celine começou sua jornada, decidida a usar seus talentos para mudar o destino do reino.

O primeiro Problema e a solução inesperada

Celine deixou a pequena aldeia de Montéclair ao romper do dia, com o coração firme e a mente concentrada no futuro que a esperava. Montclair, uma vila de casas de pedra envelhecidas pelo tempo, ficava aninhada entre colinas densamente florestadas, de onde se podiam ver vastos campos de trigo balançando ao vento. A aldeia estava posicionada em um vale protegido, cercado por penhascos íngremes, o que lhe dava um ar de isolamento. No entanto, o isolamento também representava uma barreira para o progresso dos aldeões, algo que Celine estava determinada a mudar.

À medida que avançava pela trilha de terra batida, ladeada por fileiras de ciprestes esguios, o sol recém-nascido tingia o céu de um dourado intenso, lançando sombras longas sobre o terreno acidentado. A brisa suave trazia o cheiro de folhas secas e terra úmida, enquanto os pássaros cantavam entre os galhos das árvores. Celine, porém, mal notava a beleza ao seu redor. Seus olhos estavam fixos no horizonte, e seu coração pulsava com a certeza de que sua jornada tinha um propósito maior. A cada passo que dava nas pedras irregulares do caminho, a sensação de missão crescia dentro dela.

A vila que deixou para trás era seu lar, mas o mundo à sua frente a chamava com promessas de desafios e oportunidades. Não era apenas o desejo de provar suas habilidades que movia Celine, mas também a necessidade de ajudar seu povo a enfrentar as dificuldades. Ela sabia que os aldeões de Montclair e de outras regiões sofriam com a escassez, a fome e a falta de recursos, e acreditava que seu talento para cálculos poderia fazer a diferença.

Seus pensamentos estavam tão focados em seu objetivo que não vacilava, mesmo diante da longa estrada que se estendia diante dela, serpenteando entre as colinas. A determinação em seu coração era como o aço forjado, inflexível e implacável. O sol, agora mais alto no céu, projetava seu calor sobre suas costas, mas Celine apenas apertava o passo, a mente fervilhando com a vontade de descobrir como seus cálculos poderiam salvar aldeias inteiras. O destino, sabia ela, estava à espera, e ela estava pronta para enfrentá-lo.