Orquídea Selvagem
No jardim secreto, onde a noite floresce,
Brota uma orquídea de cor carmesim.
Suas pétalas abertas, de desejo e prece,
Exalam o perfume que embriaga o fim.
Ela cresce sozinha, longe dos olhares,
Uma beleza selvagem, rara e pura.
Suas raízes se aprofundam, nos ares,
Enquanto suas folhas acariciam a lua.
Na escuridão, ela brilha, uma estrela,
Cada gota de orvalho, um beijo quente.
Seus espinhos protegem, mas quem quer vê-la,
Sabe que o risco é doce e ardente.
Ela não se curva, não se rende à mão,
Que tenta domar sua natureza indomável.
Sua essência é livre, como a canção,
De um pássaro que voa, incontrolável.
E assim, na noite, a orquídea se abre,
Um convite ao desejo, ao prazer sem fim.
Quem ousa tocá-la, sente o fogo arder,
E se perde no perfume da orquídea sem fim.
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