Já faz tempo, eu sei bem,
mas tua ausência ainda pesa.
E mesmo sem motivos vivos,
minha alma ainda te reza.
Por que insisto em esperar
respostas que talvez não virão?
Será o amor ou a esperança
que ainda mora em meu coração?
Teu silêncio virou rotina,
teus gestos, vento que passou.
Mas em mim, cada pergunta
ainda grita o que faltou.
Será que o amor tem eco
ou sou só eu a gritar pro nada?
Por que espero por ti,
se a espera nunca é recompensada?
Talvez seja hora de aceitar
que certas dores não se fecham.
E que as respostas que não vêm
são as que mais nos deixam.