Imagem de uma revista de psicanalise
Uma rápida pesquisa sobre o que é...
O estilo poético cubista surgiu no início do século XX, inspirado pelo movimento artístico cubista liderado por Picasso e Braque. Assim como na pintura, a poesia cubista fragmenta e reorganiza a realidade em múltiplas perspectivas, rompendo com a linearidade tradicional do discurso. As imagens e ideias são justapostas de maneira inesperada, criando uma sensação de simultaneidade e colagem, onde diferentes ângulos de um mesmo tema coexistem no poema. Em vez de narrar uma cena de forma contínua, o poeta cubista desmonta e reconstrói os elementos, permitindo que o leitor perceba o objeto ou sentimento de diversos pontos de vista ao mesmo tempo.
Além da fragmentação e da sobreposição de imagens, a poesia cubista valoriza a disposição gráfica do texto, explorando formas visuais e espaçamentos que contribuem para a experiência estética. Muitas vezes, as palavras são organizadas de modo a formar figuras ou sugerir movimento, reforçando o impacto visual da leitura. O ritmo e a métrica também podem ser irregulares, refletindo a quebra das estruturas convencionais. Poetas como Guillaume Apollinaire exploraram essa abordagem em seus "caligramas", onde os versos formam imagens, transformando o poema em uma experiência tanto textual quanto visual.
Vento—
dobra o tempo,
corta o céu em lâminas.
Cinza, azul, branco,
O raio—uma linha torta.
Eco—
O trovão dobra a cidade,
as janelas piscam,
os prédios dançam,
e o chão já não é chão.
Fragmento—
Pedaços de água no ar,
um reflexo, um rosto,
um silêncio cortado,
e a luz do novo dia.
Movimento—
A chuva já não chove,
a noite já não é noite,
e eu sou todas as formas
que o vento me soprar.
"Filho, eu talvez não esteja mais ao seu lado, mas cada passo seu carrega a força do que ensinei. Quando o caminho parecer difícil, lembre-se: você é mais forte do que imagina e nunca caminha sozinho, pois meu amor sempre seguirá com você."