Pedra sobre pedra, erguem-se os muros,
Feitos de promessas vazias e vãs,
Palácios dourados, repletos de impuros,
Que escondem verdades em vãos e vãs.
Mentiras que brilham, que seduzem o olhar,
Palavras falsas moldando destinos,
Cada coluna, pronta a enganar,
Ergue-se firme em passos felinos.
Os salões ecoam risos distantes,
De ilusões que o tempo consome,
Mas são mentiras, frágeis e constantes,
Que carregam o peso de um nome.
Sob o teto que ostenta grandeza,
Esconde-se o vácuo de corações,
Pois o que ergueu essa falsa beleza,
Foi a mentira em mil traições.
E assim, os palácios se erguem altivos,
Em fundações de engano e erro,
Mas ruirão, com ventos mais vivos,
Quando a verdade romper o ferro.
_________________________________________
Leia o artigo que deu origem a está poesia O Vendedor de Mentiras