Escrito ao longo de cinco dias no hospital
Cercado por Máquinas
O sol invade a sala, indiferente,
Aos sussurros de angústia e desespero,
Que ecoam em corredores sem fim,
Enquanto ele dorme, cercado por máquinas,
Que respiram por ele, como se fossem sua alma.
Ferramentas de trabalho tornaram-se sua salvação,
Metais frios, tubos e fios que carregam seu ser,
Mantendo-o à beira do abismo,
Enquanto eu, impotente,
Só posso esperar e acreditar.
Cada dia é uma prece silenciosa,
Um pedido ao desconhecido para que ele acorde,
Para que abra os olhos e sorria,
Para que me diga que tudo não passou de um sonho,
Um pesadelo que não ousa se repetir.
Mas os dias se estendem, lentos,
Como se o tempo tivesse esquecido de passar,
E eu permaneço aqui,
Preso na incerteza de um futuro,
Que não sei se chegará.
A esperança é um fio frágil,
Que se entrelaça nas batidas de seu coração,
Um eco distante, mas ainda vivo,
Cercado por máquinas,
Que agora são sua vida.
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Leia o texto que deu origem a esta carta. Esperança entre Máquinas e Memórias
Ecos de Um Amor Infinito