Escrito ao longo de cinco dias no hospital
Cercado por Máquinas
O sol invade a sala, indiferente, Aos sussurros de angústia e desespero, Que ecoam em corredores sem fim, Enquanto ele dorme, cercado por máquinas, Que respiram por ele, como se fossem sua alma.
Ferramentas de trabalho tornaram-se sua salvação, Metais frios, tubos e fios que carregam seu ser, Mantendo-o à beira do abismo, Enquanto eu, impotente, Só posso esperar e acreditar.
Cada dia é uma prece silenciosa, Um pedido ao desconhecido para que ele acorde, Para que abra os olhos e sorria, Para que me diga que tudo não passou de um sonho, Um pesadelo que não ousa se repetir.
Mas os dias se estendem, lentos, Como se o tempo tivesse esquecido de passar, E eu permaneço aqui, Preso na incerteza de um futuro, Que não sei se chegará.
A esperança é um fio frágil, Que se entrelaça nas batidas de seu coração, Um eco distante, mas ainda vivo, Cercado por máquinas, Que agora são sua vida.
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Leia o texto que deu origem a esta carta. Esperança entre Máquinas e Memórias
A Sales
Enviado por A Sales em 27/08/2024
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