Escrito ao longo de cinco dias no hospital
Cinco Dias de Esperança
Cinco dias de uma longa espera, Onde o sol me visita pela manhã, E eu, nesta cadeira que tanto pesa, Conto as horas com fé e afã, Que ele voltará, sem essa dor que pesa.
A vida lá fora continua a correr, Mas aqui dentro, o tempo se congela, Cada boletim traz o medo de perder, Mas também o sonho que ainda se revela, De que ele possa voltar a viver.
As máquinas respiram no lugar do seu peito, Mantêm o corpo em uma dança lenta, E eu, no meu silêncio, faço o pleito, Que ele acorde, que a vida o sustenta, Que volte ao seu mundo perfeito.
A esperança se agarra ao impossível, Em cada batida que o monitor conta, E eu, sem saber se é crível, Espero que a vida seja a que aponta, E que ele regresse ao seu mundo visível.
Cinco dias que parecem sem fim, Mas ainda assim, o sol brilha forte, Trago comigo a fé que não tem fim, De que ele vai vencer essa sorte, E a vida, enfim, voltará a ser sim.
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Leia o texto que deu origem a esta carta. Esperança entre Máquinas e Memórias
A Sales
Enviado por A Sales em 27/08/2024
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