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No espelho, a juventude é um lampejo,
perfume e ouro enfeitam tua ilusão.
Mas sob o brilho, espreita a solidão,
que apaga o riso e enruga o teu desejo.
A seda cai. A carne vira ensejo
de um fim que toca a todos sem perdão.
O rosto belo, a pose e o galardão
serão silêncio, pó, memória e brejo.
O tempo passa, e leva o que é vaidade,
deixa no chão o luxo e o véu da glória.
Só restam ossos nus, sem identidade.
Quem vive só pra si morre sem história,
pois toda flor que nega a eternidade
despenca só no chão da própria escória.
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"A vaidade é o véu mais fino que o tempo rasga, e, no fim, toda beleza se curva ao silêncio da terra."
Autor: Desconhecido