Na floresta densa, ao romper da aurora,
A chuva cai suave, sussurra e chora.
Uma mulher caminha, nua e serena,
Em cada passo, a alma se enleva e acena.
A chuva, bênção líquida, purifica,
Lava as mágoas, a dor que nos atrofia.
Gotas que beijam a pele, a terra, o ar,
Renovação que vem, sem pedir, sem esperar.
Ela é a essência, o ser em sua forma,
Sem medo, sem culpa, sem norma.
A natureza a abraça, em seu manto verde,
E a liberdade canta, em cada curva, se perde.
O vento acaricia, as folhas dançam,
A vida pulsa, o tempo descansa.
Em cada gota, um mundo se revela,
A verdade nua, a alma que se revela.
A chuva cessa, o sol começa a brilhar,
E ela segue, pronta para amar.
Na pureza da nudez, encontrou seu lar,
Na simplicidade da vida, seu altar.
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