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O amor não morre; apenas se adormece,
Em sombras longas ou na solidão.
Mas, como a flor, um dia resplandece
E brota vivo em nova estação.
Mesmo ferido, ele se reconstrói,
Recolhe os cacos e se refaz inteiro.
É como o tempo: tudo em si destrói,
Mas faz da perda um novo jardineiro.
E quem já amou, por mais que tenha medo,
Reconhece o brilho de um novo olhar,
Mesmo se trêmulo, sem chão ou credo.
Pois o amor vive, mesmo após a queda,
E sempre volta ao seu eterno lugar,
No coração, onde ninguém o veda.
Decote profundo não é janela de invasão.
É escada simbólica para quem sabe olhar com reverência.
Toda mulher é templo: profaná-la é punir-se com maldição.
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Pensamento escrito por uma amiga
Shirley