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Flores nasceram sem pedir licença,
Nos cantos mortos do meu coração.
Cresceram mesmo onde a dor suspensa
Jurava ser eterna escuridão.
Foi numa tarde sem calendário,
Entre livros, tintas e lembrança,
Que me vi dançando no contrário:
Florindo onde não havia esperança.
Pintei com cores que jamais ousei,
O céu, o rosto, o beijo que perdi.
E na aquarela que então deixei,
Era eu quem, enfim, sorria ali.
Julien chegou sem fazer promessas,
Apenas sendo terra e mansidão.
E fui regando as partes indefessas
Com gestos simples de aceitação.
E assim, ao regar a dor que era minha,
Descobri a primavera que me continha.
"Respeitar uma mulher é enxergar além do que ela veste, é reconhecer sua alma, sua história, sua liberdade. O valor de uma mulher não se mede pela pele que mostra, mas pela força, dignidade e luz que carrega dentro de si."