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Textos

Cartas Queimadas

 

Cartas Queimadas

Escrevi-te quando doía fundo,

Quando teu nome era minha prisão.

As letras ardiam em cada segundo,

Teu silêncio pesava na mão.

 

Fiz de papel meu espelho partido,

De tinta, a lágrima que não caiu.

Queimei memórias em cada escrita,

Mas a cinza jamais se extinguiu.

 

Queimei cartas, sim, mas não verdades,

Cada frase era liberação.

As chamas dançavam como saudades

E a fumaça levava a ilusão.

 

Queimei teu rosto, tua ausência fria,

Queimei o futuro que não foi meu.

E no calor da última agonia,

Encontrei a mulher que renasceu.

 

Cartas queimadas não voltam atrás,

Mas a alma, em paz, nunca se desfaz.

 

O mundo só evolui quando todas as mulheres são livres e respeitadas.

A Sales
Enviado por A Sales em 26/06/2025
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