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Dizem que algo acaba, mas a ciência sussurra:
tudo se move, tudo perdura.
O que é fim para os olhos, é início invisível,
em leis naturais, o fim é impossível.
A estrela que morre no céu apagado
é berço de mundos por ser desfeito.
Seu brilho que dança no vácuo encantado
viaja no tempo, tocando o infinito.
A folha que cai, no solo se deita,
torna-se húmus, depois, raiz feita.
Na célula morta, há vida latente,
a morte é matéria que segue em frente.
O corpo que esfria retorna ao pó,
mas nada se perde, diz Lavoisier só:
“Na natureza, tudo se transforma”
não há fim no átomo, só nova forma.
Até o universo, que um dia se esgarça,
no frio do espaço talvez se refaça.
Big Bang, expansão, talvez colapso,
mas fim, de verdade? Nunca no espaço.
Pois mesmo no caos, há ordem sutil,
um plano que escapa ao olhar infantil.
Não é fim, é mudança; não é nada, é transição,
ciência e mistério em eterna canção.