Em multidões, eu me sinto só
Um rosto entre tantos, sem voz
O barulho ensurdecedor
Abafa meu grito interior
Estou cercado, mas isolado
Um estranho em meu próprio lado
O mundo gira, eu fico parado
Sem conexão, sem um braço estendido
Mas em meu silêncio, encontro paz
Um refúgio onde meu som é capaz
De ecoar, de ser ouvido
Por mim mesmo, em meu próprio ouvido
Eu me sinto só, mas não estou
Pois em meu coração, há um som
Que lateja, que pulsa, que vive
E nesse som, eu me encontro, e me revivo.