Eu sou o vento que vai e retorna,
Ela, a maré que dança com o tempo.
A lua, nossa cúmplice, nos vigia em silêncio,
Guardando segredos em suas cráteras de prata.
Caminho por estradas que não têm fim,
Ela me espera onde o horizonte se dissolve.
Nos encontros, o mundo se apaga,
Ficamos nós, entrelaçados no brilho lunar.
Minha paixão é um rio sem margens,
O dela, um incêndio que nunca cessa.
Somos feitos de ir e vir,
Mas sempre voltamos ao mesmo ponto: nós.
A lua sorri, cúmplice e eterna,
Pois sabe que em cada ida há um retorno,
E em cada beijo, o infinito se revela.