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Disseste que era pra sempre,
com voz firme, sem tremor.
Eu acreditei, como se o mundo
girasse inteiro ao redor do amor.
Prometeste dias infinitos,
olhos nos olhos, mãos entrelaçadas.
E agora só restam as palavras
que ecoam, mortas, magoadas.
Foi impulso ou intenção?
Foi medo ou foi covardia?
Por que juraste eternidade
se mal coubeste na minha poesia?
O eterno, em tua boca, era leve.
Em mim, era promessa tatuada.
Mas tu partiste tão breve,
sem levar nada, nem a estrada.
Será que hoje te lembras
do que dizias sem pensar?
Porque eu ainda escuto aquilo
toda vez que tento me curar.
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Dói né...