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O Último Poema

 

O último poema nasceu

sem cor, sem forma, sem fim.

Era tudo que me restou

da alma que em mim doeu,

em pedaços de mim.

 

Tentei forjar emoção

com o sopro que restava.

Mas doeu-me a criação,

pois cada verso chorava

sem nenhuma direção.

 

As palavras não me ouviam.

Minhas mãos, tão tremulantes,

seguravam fantasias

que se tornavam distantes

das verdades que sentia.

 

Então calei minha voz,

aceitei a despedida.

A poesia foi atroz,

e no rastro da partida,

ficamos eu e o pós.

 

Desde então, sou só saudade

de quem cantava o mundo.

Fui perdendo identidade,

num silêncio tão profundo

que sepultou minha verdade.

 

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Para entender mais da onde sugiro este poema, leia a Carta de um Poeta em Silêncio na sessão Cartas.

 

A Sales
Enviado por A Sales em 24/05/2025
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