Tuas mãos diziam que sim,
mas teu olhar escondia o não.
Agora me pergunto, em silêncio:
será que foi só ilusão?
Cada toque parecia promessa,
cada sorriso, um sinal.
Mas e se tudo foi teatro?
Eu fui público, e nada real?
Teu nome soava como destino,
mas será que era só passagem?
Será que amei um reflexo,
uma miragem na paisagem?
Teu jeito parecia abrigo,
mas talvez fosse só disfarce.
Eu fui abrindo o coração,
enquanto tu praticavas o escape.
Agora reviro lembranças frias
procurando algo que prove:
se foi amor de verdade...
ou só um sonho que não coube.