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A cada toque, havia verdade?
Ou teus dedos dançavam no vazio?
Enquanto eu caía sem piedade,
Tu hesitavas, tremendo de frio.
Tu também falaste só por falar?
Teu “sinto muito” era mesmo real?
Ou eram palavras pra disfarçar
O que no fundo era tão superficial?
Me diz: em qual parte fui importante?
Ou era só jogo, passatempo teu?
Enquanto eu era amor incessante,
Você sorria e depois se esqueceu.
Fingiste bem ao me fazer sonhar,
Com promessas feitas sem raiz.
Plantaste em mim o verbo amar,
Mas foste embora antes do “feliz”.
Se teu amor era só cortesia,
Por que me fez crer com tanto ardor?
Se eu fui engano, ilusão vazia,
Por que chamaste isso de amor?