Ciranda, ciranda, do tempo mansinho,
Que passa descalço, bem leve, de fininho.
Não corre, não grita, só vai a bailar,
Na dança tranquila do devagar.
O tempo não tem pressa de ser,
Ensina a esperar, a ver, a entender.
Cada segundo é flor a se abrir,
No passo sereno de quem quer sentir.
Na roda da vida, ele gira sem dor,
Colhendo silêncios, plantando amor.
Quem dança com ele aprende a escutar
O som das coisas que sabem durar.