Hoje me peguei lembrando de você. Não sei se foi o cheiro do café, uma música antiga ou apenas a saudade que bate sem avisar. Faz tanto tempo que seguimos caminhos diferentes, mas, de alguma forma, o que vivemos ainda me visita com uma ternura que nem o tempo conseguiu apagar.
Nosso amor foi verdadeiro. Daqueles que ensinam, transformam e deixam raízes mesmo depois de irem embora. Às vezes penso se você também se lembra — do jeito como nossos olhares se entendiam em silêncio, das nossas conversas até tarde ou do conforto de um abraço que parecia casa. Tantas coisas pequenas que, juntas, formavam um mundo só nosso.
Não escrevo para reviver o que ficou no passado, mas para honrar a beleza do que fomos. Algumas histórias não precisam de continuação para serem eternas — basta terem existido com verdade. E a nossa existiu. Com força, com doçura, com aquela intensidade que só os grandes sentimentos carregam.
Ainda guardo você com carinho. Não como um peso, mas como um pedaço bonito da minha história. A saudade que ficou não dói mais como antes, mas sussurra vez ou outra que o amor, quando é real, não precisa permanecer para ser inesquecível.
Onde quer que você esteja, desejo que esteja bem. E que, se um dia você também se lembrar de mim, seja com um sorriso leve, como o que agora deixo aqui, entre as linhas desta carta.
Com saudade e gratidão,
[Seu nome]