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Ainda lembras de como me chamavas,
Ou até minha inicial se desfez?
Teu peito esqueceu as palavras
Que dizias por amor — talvez?
Já ris com alguém como rias comigo?
Teu sorriso encontrou novo lar?
Ou aquele riso leve, antigo,
Virou lembrança fácil de apagar?
Meu nome ainda vive em teus cadernos,
Na curva de letras do teu passado?
Ou foi levado pelos ventos eternos
De um amor que não foi guardado?
Por aqui, ele ainda arde e queima,
Quando o ouço em outras bocas, sem razão.
Mesmo sem sentido, ainda teima
Em abrir feridas sem permissão.
E eu me pergunto, sem saber por quê,
Se fui alguém ou só mais um alguém.
Pois esquecer o nome é esquecer o ser —
E eu ainda lembro do teu, tão bem.