Homens erguem suas vozes ao vento,
Prometendo mundos, mentindo ao tempo.
Palavras doces, com veneno em essência,
Rascunham fortunas na decadência.
Vendendo sonhos de falsa glória,
Com mãos manchadas reescrevem história.
Riquezas surgem da ilusão comprada,
Enquanto a verdade jaz sufocada.
Quem compra a mentira, por ganância cego,
Constrói em areia o que parece eterno.
Um castelo frágil, moldado ao engano,
Que cai ao peso de um dia insano.
Entre lucro fácil e alma perdida,
Há um preço alto que não se liquida.
Pois quem compra ouro de palavras vãs,
Troca seu futuro por esperanças sãs.
Mas o tempo é justo, implacável juiz,
Desnuda mentiras e expõe o que fiz.
E quem se afoga na ganância densa,
Cai entre o lucro e a decadência.