Por entre sonhos e caminhos invisíveis,
nossas almas se cruzam
como rios que sabem onde devem chegar,
sem mapas, sem palavras,
guiadas pelo toque suave da intuição.
São nos instantes silenciados,
no espaço entre o dizer e o sentir,
que encontro você sem precisar te ver,
onde o som do seu riso se mistura ao meu,
e sei que, de alguma forma, você sempre esteve aqui.
Caminhamos lado a lado,
desconhecendo o futuro,
mas certos de que ele nos espera juntos,
como estrelas que brilham no mesmo céu,
mesmo sem se tocarem.
E ainda que a distância exista,
ela é apenas um sussurro breve,
um espaço que nada significa,
pois nossos corações são almas gêmeas,
dançando invisíveis na mesma melodia.
É aí, onde os olhos se fecham e o coração fala,
que nossas almas finalmente se encontram,
na pureza de um instante sem fim,
no abraço que o mundo não vê,
mas que nunca deixará de existir.