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Capítulo 3

Descobrindo novos horizontes

 

  Na manhã seguinte, o sol nascente banhava Yokohama com tons dourados, refletindo nas janelas dos edifícios e trazendo uma energia renovada. Tânia acordou cedo, motivada pelo convite de Akira para explorar a cidade. Com um mapa atualizado na bolsa e o coração cheio de expectativas, ela encontrou Akira próximo ao hotel. Ele a cumprimentou com um sorriso caloroso, vestindo sua jaqueta de couro habitual, mas desta vez combinada com jeans e botas despojadas. 

 

  — Pronta para descobrir mais do Japão? — perguntou ele em um tom animado. 

  — Mais do que pronta. — respondeu Tânia, ajustando a alça de sua mochila. 

 

  Akira a levou primeiro ao Mercado de Nishiki, conhecido como "cozinha de Kyoto", um lugar repleto de barracas vendendo especiarias, frutos do mar frescos, doces japoneses e souvenires. Apesar da multidão e dos aromas intensos que misturavam gengibre, soja e frutos do mar, Tânia estava fascinada. 

 

  — Isso é incrível, Akira. É como um festival de sabores e cores. — disse ela, parando em uma barraca que vendia takoyaki, bolinhos de polvo. 

 

  — O Japão é cheio desses mercados. Eles mostram a essência da nossa cultura. Quer experimentar? — perguntou ele, apontando para os bolinhos. 

 

  Tânia assentiu e riu ao provar, sentindo a textura macia e o sabor único do molho agridoce. Enquanto caminhavam, Akira explicava a história por trás de cada iguaria. 

 

  Depois do mercado, Akira a levou ao Templo Senso-ji, em Asakusa, Tóquio. O templo budista, o mais antigo da cidade, era um espetáculo de arquitetura e história. O portão Kaminarimon, com sua enorme lanterna vermelha, era a entrada principal e parecia uma pintura viva sob o céu azul. 

 

  — Este lugar é um refúgio espiritual para muitos japoneses. Aqui, tradição e modernidade coexistem. — explicou Akira, enquanto eles caminhavam pela Nakamise-dori, a rua comercial que leva ao templo. 

 

  Tânia ficou maravilhada com as pequenas lojas vendendo quimonos, doces tradicionais e lembranças. Ao chegar ao templo principal, ela observou os visitantes jogando moedas e fazendo orações. 

 

  — Você quer tentar? — perguntou Akira, oferecendo uma moeda de 5 ienes, considerada de boa sorte. 

 

  Tânia aceitou com um sorriso e jogou a moeda, fazendo um pedido silencioso. Sentiu uma paz profunda naquele momento, como se estivesse conectada à en ergia do lugar. 

 

  Após a visita ao templo, Akira sugeriu que conhecessem sua esposa, Haruka Nakamura, que trabalhava em um centro de fisioterapia renomado chamado Tokyo Rehabilitation Center. Haruka, uma mulher elegante de aproximadamente 30 anos, tinha cabelos lisos e negros presos em um coque e olhos expressivos. Ao ver Tânia, abriu um sorriso acolhedor. 

 

  — Muito prazer, Tânia! Akira falou muito sobre você. — disse Haruka em um português impecável. 

 

  — Você fala português? — perguntou Tânia, surpresa e aliviada. 

 

  — Sim, morei no Brasil durante alguns anos para estudar fisioterapia. Adoro o idioma e a cultura. — respondeu Haruka. 

 

  Haruka levou Tânia ao centro de fisioterapia, localizado em um edifício moderno no distrito de Shibuya. O lugar era espaçoso, com grandes janelas que permitiam a entrada de luz natural, e estava equipado com aparelhos de última geração. 

 

  — Este é o Tokyo Rehabilitation Center. Trabalhamos com reabilitação de alta complexidade, desde pacientes pós-cirúrgicos até atletas. — explicou Haruka, enquanto caminhavam pelos corredores impecavelmente limpos. 

 

  Tânia ficou impressionada com a organização e a tecnologia do lugar. Haruka a apresentou a alguns colegas e mostrou as diferentes salas de tratamento. 

 

  — Você é fisioterapeuta, certo? Se quiser, posso agendar uma visita mais detalhada para conhecer nossos protocolos. — Ofereceu Haruka. 

 

  — Eu adoraria. Este lugar é incrível, Haruka. — respondeu Tânia, sentindo-se inspirada. 

 

  Ao longo dos dias seguintes, Haruka e Tânia passaram mais tempo juntas. Haruka a apresentou a alguns costumes japoneses, como o chá da tarde, onde ensinaram Tânia a preparar e servir matcha de forma tradicional. 

 

  Enquanto isso, Akira continuava a ser um guia cultural, levando Tânia ao Parque Ueno, onde ela viu flores de cerejeira pela primeira vez, mesmo fora da temporada oficial. Eles também visitaram o Museu Nacional de Tóquio, onde Akira explicou a história por trás de algumas peças de arte. 

 

  Embora Tânia sentisse saudade de casa, a amizade com Haruka e Akira fez com que o Japão começasse a parecer menos distante. 

 

  Naquela noite, enquanto observava o horizonte da janela de seu quarto no hotel, Tânia refletiu sobre tudo o que havia vivido nos últimos dias. O Japão já não era apenas um sonho de infância. Era um lugar onde ela começava a encontrar propósito, aprender novas formas de ver o mundo e, quem sabe, contribuir com suas próprias habilidades. 

 

  Com um sorriso sereno, ela sussurrou para si mesma: 

— Este é apenas o começo. 

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O capítulo termina com Tânia deitada na cama, olhando para o teto, enquanto as luzes de Yokohama dançavam suavemente no quarto, simbolizando a transformação de sonhos em realidade.

 

A Sales
Enviado por A Sales em 11/01/2025
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