Na sombra entre dois crepúsculos,
Onde o tempo hesita e o eco dorme,
Há uma chama que não consome,
Um fogo imóvel, mas nunca frio.
Queima em silêncio, mas não arde,
Dança sem vento, mas nunca cessa.
Guarda segredos de estrelas antigas,
Conta histórias em línguas extintas.
Não é luz, nem escuridão,
É a pausa entre um suspiro e o grito.
Seu calor não aquece, mas atrai,
E seus contornos escapam do olhar.
Quem a encontra, jamais a esquece,
Pois leva consigo a dúvida e a paz.
Mas cuidado, pois ao tocá-la,
Não saberá se voltou ou se partiu.
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(Quem desvendar o mistério,
será consumido por ela.)