No fundo do peito, onde o grito não sai,
Mora a culpa que o tempo escondeu,
É um silêncio que pesa e nunca se vai,
Uma sombra que o homem jamais esqueceu.
Oculta por trás de sorrisos e prantos,
A culpa sussurra sem ninguém ouvir,
E cada silêncio guarda seus tantos,
De memórias que fazem o peito cair.
A culpa oculta não grita, só cala,
Mas é no silêncio que a dor se revela,
É a marca profunda de quem sempre fala,
Com a alma ferida, como uma vela.
E quanto mais o silêncio se ergue,
Mais forte a culpa dentro ecoa,
É um fardo invisível, uma dor que segue,
Que o tempo, sozinho, jamais perdoa.
Assim, no silêncio que ninguém escuta,
A culpa oculta faz sua morada,
E o homem, perdido na dor absoluta,
Vive sem paz, na alma calada.
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Feliz ano novo a todos