Da varanda, contemplo o amanhecer,
O céu dourado em luzes se derrama,
E a névoa aos poucos tende a se perder,
Enquanto o sol renasce em sua chama.
Os pinheiros, ornados pela orvalhada,
São velas vivas na manhã festiva,
E as poinsétias, com sua cor sagrada,
São como o Natal que à alma cativa.
Ao longe, a fumaça da chaminé,
Anuncia o lar que em calma repousa,
Onde a vida simples refaz sua fé.
O cordeirinho ao pasto se propõe,
E o campo inteiro em silêncio pousa,
Na paz divina que o Natal compõe.