O ouro que brilha no bolso fechado,
Carrega consigo um peso sombrio,
Manchado de lágrimas, sangue e pecado,
Ele sufoca o homem em seu desafio.
O ouro reluz nas mãos de quem manda,
Mas seu peso afunda a consciência em dor,
Pois nas veias do brilho corre uma demanda,
De quem o tocou, sem ver seu valor.
Cada moeda que o homem conquista,
Traz consigo um fardo oculto e cruel,
É o peso do ouro que, sempre à vista,
Se mancha de luto, como um anel.
O brilho encanta, mas logo corrói,
Quem busca seu toque e seu falso calor,
Pois o ouro manchado, que tudo destrói,
Carrega no peito um eterno rumor.
Assim, o ouro pesa mais que a prata,
E quem o possui não conhece a paz,
Pois o brilho manchado é o que maltrata,
E deixa a alma sempre incapaz.