Nos alicerces de um império dourado,
Repousam os sonhos que foram tirados,
Cada pedra ali posta tem um passado,
De vidas que foram aos poucos caladas.
O brilho do trono oculta a verdade,
A coroa reluz, mas pesa demais,
É feita de sonhos, de dor, de saudade,
De quem nunca mais encontrou sua paz.
O império cresce sobre promessas mortas,
E cada conquista é uma sombra a mais,
Quem roubou sonhos fechou tantas portas,
E deixou atrás gritos ancestrais.
Os sonhos roubados não se recuperam,
Mas constroem um reino que não durará,
Pois os ventos da justiça cedo ou tarde chegam,
E o império que rouba, desmoronará.
Um império de sonhos pode ser vasto,
Mas sua glória é breve, e sua coroa fenece,
Pois nada erguido em roubo é casto,
E no fim, só o vazio permanece.