Cançoes & Poesias

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Textos


Memórias de João Lisboa

 

Na varanda, o tempo se desfaz,

Samambaias choram gotas de saudade,

O cheiro da terra que a chuva traz,

Abraça o coração com suavidade.

 

Crianças correm sob o céu cinzento,

Frutas caem no laranjal distante,

A vida simples segue seu lento tempo,

Como versos de uma música constante.

 

O curral murmura histórias passadas,

Onde vacas e cavalos encontram abrigo,

A tarde, aos poucos, desce encantada,

Pintando de ouro o cenário antigo.

 

O córrego serpenteia em seu bailar,

Cantando segredos às pedras vizinhas,

E o céu, tingido de rosa, vem repousar,

Sobre a paisagem de sombras fininhas.

 

No barracão, o aroma da coalhada,

E bolinhos de chuva feitos com amor,

Chamam as almas para a noite calada,

Onde a poesia é lida com fervor.

 

Oh, João Lisboa, refúgio imortal,

Tuas lembranças são meu lar final.

 

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A Sales
Enviado por A Sales em 18/12/2024
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