Uma Equipe, Uma Chance: A Luta Contra o Tempo
O ambiente hospitalar estava agitado naquela noite. Carlos permanecia concentrado na sala de estudos do hospital, cercado por papéis, laudos e exames. A iluminação fria e as paredes brancas realçavam o cansaço em seu semblante, mas ele não tinha tempo para descansar. Os exames detalhavam o estado crítico de Joseane: múltiplas fraturas, lesão cerebral severa e a delicada gravidez. Após reler cada linha dos relatórios, ele pegou o telefone.
— Prepare a equipe, agora. Quero todos na sala de reuniões em duas horas. — Sua voz carregava um tom firme, mas quem o conhecia sabia que havia uma emoção subjacente.
Do outro lado da linha, Natalia, a enfermeira-chefe, respondeu com prontidão:
— Sim, doutor Carlos. Reunirei a equipe imediatamente.
Rapidamente, Natalia enviou e-mails e fez ligações para convocar os profissionais necessários:
Médicos Especialistas:
Doutora Mariane Monte Negro
Traumatologista/Ortopedista:
Doutor Eduardo Almeida.
Neurologista/Neurocirurgião:
Doutora Mariana Monte Negro. (Filha da Doutora Mariane Monte Negro)
Obstetra:
Doutor Henrique Santos.
Intensivista:
Doutor Roberto Vianna.
Radiologista:
Doutora Clara Menezes.
Equipe de Enfermagem:
Enfermeira-Chefe: Natalia Ribeiro.
Técnicos de Enfermagem: Vanessa Lima e Tiago Fonseca.
Fisioterapeutas: Larissa Monte Negro (Neta da Doutora Mariane Monte Negro) e Hélio Campos
Respiratório: Fernanda Araújo.
Geral: Lucas Cardoso.
Psicólogo Hospitalar: Doutor Arthur Silva.
Nutricionista: Talita Ferreira.
Farmacêutico Clínico: Amanda Vasconcelos.
Assistente Social: Clara Soares. (Mãe do Doutor Carlos)
Equipe de Diagnóstico por Imagem: Doutora Lígia Barros.
Anestesista: Doutor Rafael Costa.
Enquanto aguardava a chegada da equipe, Carlos sentou-se por um instante, mas seus pensamentos estavam longe. A imagem de Joseane sorrindo em um passado distante o assombrava. O que ela teria passado para estar naquele estado? Por que agora, depois de tantos anos?
Meia hora depois, os profissionais começaram a chegar à sala de reuniões. O clima era de tensão, mas a presença de doutores experientes trazia um ar de determinação. Quando todos estavam presentes, Carlos se levantou e, com a voz levemente trêmula, iniciou:
— Senhores e senhoras, obrigado por virem tão rápido. O caso que estão recebendo é de uma paciente chamada Joseane. Ela está em estado crítico, com múltiplas fraturas, uma grave lesão cerebral, e está grávida. Por questões pessoais, não participarei diretamente do tratamento. A liderança desta equipe será assumida pela doutora Mariane Monte Negro, a quem confio plenamente. Doutora, a palavra é sua.
Carlos entregou o prontuário à doutora Mariane Monte Negro e se afastou, cruzando os braços e respirando fundo para manter a compostura.
Mariane assumiu o comando com a autoridade que lhe era característica.
— Temos menos de uma hora antes que o sedativo administrado à paciente perca o efeito. O estado dela é gravíssimo, e precisamos agir rápido para estabilizá-la e prevenir complicações que possam comprometer sua vida e a do bebê.
Ela lançou um olhar firme para todos.
— Cada um de vocês recebeu sua atribuição no protocolo inicial. Quero relatórios claros e precisos sobre cada intervenção que será feita. Em meia hora, espero todos preparados e na sala da UTI. Já estão atrasados.
A tensão aumentou na sala. Alguns profissionais trocaram olhares rápidos, mas todos entenderam a gravidade do momento. Natalia foi a primeira a sair, chamando os demais com um gesto determinado.
Antes de deixar a sala, Mariane olhou para Carlos.
— Ainda bem que não mudou, Carlos. Continua me surpreendendo.
Ele respondeu com um sorriso cansado, mas sincero.
— E eu continuo admirando sua coragem. Você é a melhor pessoa para liderar essa equipe.
Quarenta minutos depois, todos estavam prontos na UTI. A sala, equipada com monitores, tubos e luzes piscando, parecia um campo de batalha organizado. Os primeiros sinais de que Joseane estava saindo do estado de sedação surgiram nos monitores. O coração de Carlos apertou, mas ele permaneceu fora da sala, observando através do vidro.
Mariane ajeitou suas luvas e deu as últimas instruções.
— Vamos fazer isso direito. Não temos espaço para erros.
E assim começou a corrida contra o tempo para salvar duas vidas que dependiam de cada decisão daquela equipe.
O que aconteceu com Josiane? Ela sobreviveu? E o bebê, também sobreviveu? E o mais importante. Ela teve tempo pra pedir perdão para Carlos?
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