Almas que se perdem na busca cega,
Por promessas vazias de ouro e glória,
Esquecem que a vida, em si, já se nega,
E vendem seu ser por uma falsa vitória.
Cada promessa que chega aos ouvidos,
Traz consigo um doce engano,
Vendem-se as almas, antes contidas,
Por sonhos que desmancham no pano.
Promessas de brilho, de poder e fama,
Fazem a alma ceder sem ver,
Que tudo que reluz e tanto chama,
É vazio que leva ao padecer.
Almas que já foram livres e plenas,
Hoje são sombras no meio da bruma,
Perderam-se nas promessas pequenas,
E hoje só vivem em sua espuma.
Assim se vai o que era puro e forte,
Na venda ao vazio de falsas promessas,
E ao fim, o que resta é a triste sorte,
De almas perdidas nas trevas espessas.