Na noite que cala o mundo lá fora,
O coração canta alto sua dor,
Um silêncio que grita, não vai embora,
Enquanto o peito explode em clamor.
Cada batida é um eco perdido,
Que ressoa no vazio da escuridão,
A mente inquieta, o sonho esquecido,
Coração ruidoso em plena solidão.
O silêncio da noite não traz sossego,
Ele amplifica o que não se vê,
O coração, em grito e desapego,
Busca algo que nunca terá por quê.
Cada estrela brilha, mas não responde,
Ao pedido mudo que o peito faz,
E o coração, sozinho, de si se esconde,
No barulho que não cessa mais.
Noite silenciosa, sempre tão fria,
Em que o coração não encontra paz,
Pois no silêncio mora a agonia,
E o ruído da alma que nunca se desfaz.