imagem Ilustrativa da Personagem do Condo Baixada do Pinterest
No deserto de Zaaran, onde o vento murmura segredos,
encontrei-a entre ruínas que o tempo esqueceu.
Ela não era sombra, nem luz —
era o equilíbrio tênue entre o desejo e o mistério.
Seus olhos, dourados como o pôr do sol,
penetravam além da carne, da vontade,
tocando aquilo que nem eu sabia ser.
Um espelho, ela disse. Um reflexo do que temo.
Seus passos não faziam som,
mas o ar ao seu redor dançava,
como se cada movimento fosse um verso,
e cada palavra, um feitiço.
"Resista", ela sussurrou,
mas não era a resistência que me testava.
Era o entendimento do que era frágil,
e do que, em mim, podia suportar o fardo do poder.
Quando ela se foi, restou o perfume,
doce como a dúvida,
e uma chama em minhas mãos
que não queimava — apenas iluminava.
Sarya, guardiã do indizível,
não era apenas um desafio.
Ela era a pergunta que ecoa no coração,
e a resposta que ninguém ousa aceitar.