Entre o Vazio e a Plenitude
Não sei por que escrevo estas linhas. Meu coração vaga, perdido em um vazio que nem os risos conseguem preencher. Há algo que falta, algo que não sei nomear, mas sinto. Um sorriso diferente, uma voz que não seja um som, um olhar que não seja reflexo... Falta um encontro, uma presença.
Faltam olhares que devolvam luz, faltam sorrisos que aquecem, falta paixão que consuma. Falta amor. Não há para quem olhar, não há sorrisos a retribuir, não há paixão que arda, e o amor... Ah, o amor, dissolveu-se no vazio.
A noite chega, finda-se, e com ela vai o luar, mas o vazio permanece. O dia amanhece, trazendo novos risos, horizontes e promessas. Porém, o vazio persiste, como uma sombra que não me deixa.
Tudo parece ruir. Não há soluções, nem esperanças, nem um lampejo no fim do túnel. Parece ser o fim.
Mas agora, não sei por que escrevo estas novas linhas. Meu coração transborda em felicidade. Os risos se multiplicam, as vozes se entrelaçam, há paz e amizade por todos os lados.
Não falta nada. Esta é a certeza que me invade. Há sorrisos que me encontram, vozes que me acolhem, olhares que me envolvem. Tenho tudo.
Tantos olhares, sorrisos e paixões. Amores em potencial, em vida, em pulsar. Há para quem olhar, há como devolver o sorriso. Há paixão. E o amor... Ah, o amor, agora pulsa no meu coração com mais fervor.
A noite chega, finda-se, e o luar parte, mas meu amor permanece, pronto para ser entregue. O dia desperta com novos horizontes, novos risos, e ainda mais amor. A felicidade parece ter me abraçado.
Tudo está bem. Há tantas soluções, sempre há esperança. Existe luz no fim do túnel, eu sei. Não é o fim.
E, ainda assim, não sei por que escrevo estas linhas.
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