Entre Rosas e Encantos de Mulher

Entre as rosas, duas flores despontam,  
Cada qual com encanto singular,  
A branca, de pureza que nos encantam,  
A vermelha, a paixão a declarar.

A branca, tal como a mulher serena,  
Traz nos olhos a paz do firmamento,  
Seu toque leve, a brisa que acena,  
Num gesto suave, pleno de alento.

A vermelha, vibrante, se insinua,  
Como a mulher que arde em seus desejos,  
Seu corpo é chama que a noite flutua,  
Nos lábios carmim, promessas e beijos.

Na branca, o poeta vê alma e ternura,  
Na vermelha, o calor que o fogo atiça,  
Entre as duas, a mulher é mistura,  
De amor tranquilo e ardor que hipnotiza.

E assim o poeta, em versos, a ama,  
Como a rosa que floresce no jardim,  
Ora é pura, como a neve que chama,  
Ora é fogo, como o rubro carmim.

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