Escrito ao longo de cinco dias no hospital.
Entre Luz e Sombra
O sol da manhã, tão cheio de vida, Contrasta com o frio que aqui sinto, Onde a esperança e a angústia dividida, Tornam o dia uma sombra sem recinto, E a fé é o que me mantém na lida.
Ele, cercado por fios e metal, Vive agora na margem da existência, Onde o natural se tornou tão surreal, E eu, com medo e uma estranha paciência, Aguardo o retorno do ser integral.
As máquinas, com seus sons metálicos, Cantam uma canção de sobrevivência, E eu, nos meus pensamentos apáticos, Faço uma oração de penitência, Que ele volte sem esses fardos trágicos.
O tempo passa, mas não alivia, Cada boletim é um golpe de incerteza, Entre luz e sombra, a alma esfria, Mas a esperança ainda é minha fortaleza, Onde deposito toda a minha energia.
E assim, sigo nesta espera tortuosa, Entre o brilho do sol e a frieza do hospital, Que ele possa sair dessa luta dolorosa, E voltar ao mundo onde a vida é normal, Onde a sombra não mais será tão feroz.
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Leia o texto que deu origem a esta carta. Esperança entre Máquinas e Memórias A Sales
Enviado por A Sales em 31/08/2024
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