Imagem do poema original da poetiza Mardielli
Na imagem acima
Autora do poema Agonia. Poetiza Mardielli
Ao fazer uma análise de uma obra poética, é importante levar em conta diversos elementos que compõem a estrutura e o significado do poema. Aqui estão alguns aspectos essenciais a serem considerados no tempo em que estudei profundamente.
Quando e o porquê escolhi esse poema? Ele retrata em poesia a minha dor vivida nestes últimos dias e também neste único poema, há temas diversos incluído pela poetiza autora do poema em análise.
Há muita maneira e formas de analisar uma obra então me privei de seguir certas normas e fui direto para o principal. Então comecei pelo: Digo.
Vou exemplificar cada ponto da análise poética usando o poema "Agonia":
Título
Significado: O título "Agonia" sugere uma experiência de dor intensa e prolongada. Antes mesmo de ler o poema, o título nos prepara para um conteúdo emocionalmente carregado e possivelmente doloroso. Ao longo do poema, percebemos que essa agonia está ligada à ausência do ser amado e à luta do eu lírico para lidar com essa ausência.
Tema
Assunto Central: O tema central do poema é a dor da perda e a agonia emocional causada pela ausência de um amor.
Subtemas: Há subtemas de saudade, solidão, e a tentativa de encontrar alívio através da lembrança e da conexão com o ser amado, mesmo que essa conexão seja apenas espiritual ou emocional.
Forma e Estrutura
Forma Poética: O poema é escrito em verso livre, sem um esquema de rima fixo ou uma métrica específica, o que reflete a natureza livre e desordenada da agonia emocional do eu lírico.
Estrofes e Versos: O poema é composto por quatro estrofes, cada uma com quatro versos. A regularidade das estrofes pode simbolizar a constância da dor e da lembrança, apesar da ausência de um esquema de rima ou métrica que dê ordem a esses sentimentos.
Rima e Métrica: A falta de rima e métrica fixa reflete a desordem emocional e a imprevisibilidade dos sentimentos do eu lírico. Essa escolha estilística enfatiza o caos interno vivido por ele.
Linguagem e Estilo
Escolha de Palavras: O vocabulário é carregado de emoção e tristeza, com palavras como "agonia," "triste," "melancolias," e "pranto." Estas palavras criam uma atmosfera sombria e reflexiva.
Figuras de Linguagem: A personificação é usada em "a triste que carrego nos olhos," onde a tristeza é tratada como uma entidade tangível e pesada. Além disso, a metáfora "nas noites de melancolias" enfatiza a profundidade da tristeza, e a metonímia "tu’alma" representa a totalidade do ser amado.
Tom e Voz: O tom do poema é melancólico e introspectivo, com uma voz lírica que expressa dor e saudade de forma contida, mas intensa.
Imagética
Imagens e Símbolos: O "cantarolar do vento" é uma imagem que evoca a presença quase fantasmagórica do amor perdido, que ainda ressoa no ambiente, mesmo na ausência física do ser amado. O "vazio mudo" simboliza o impacto devastador da ausência, onde o silêncio se torna um símbolo da morte emocional.
Sensações: As imagens do vento e da noite criam sensações de frio, solidão e desolação, que reforçam a angústia do eu lírico.
Sentido e Significado
Interpretação: O poema pode ser interpretado como uma expressão de luto e dor pela perda de um amor profundo. O eu lírico está preso em uma luta entre a necessidade de seguir em frente e a impossibilidade de esquecer, levando a uma agonia constante.
Contexto: Embora o contexto específico do poema não seja explicitamente fornecido, pode-se inferir que o poema trata de uma experiência universal de perda e saudade, possivelmente após a morte ou separação de um ser querido.
Som e Ritmo
Efeitos Sonoros: Embora o poema não tenha rima, a repetição de sons suaves como "s" e "m" cria um ritmo lento e arrastado, que complementa o tom melancólico. O som de palavras como "cantarolar" e "assoviando" reforça a presença constante e assombrosa do amor perdido.
Repetições: A repetição de "cantarolar" nas estrofes três e quatro reforça a persistência das memórias e da dor associada a elas, mostrando que, apesar do tempo, esses sentimentos continuam a ecoar na vida do eu lírico.
Eu Lírico
Perspectiva: O eu lírico fala em primeira pessoa, o que cria uma conexão íntima com o leitor. Ele expressa emoções pessoais e profundas, revelando uma vulnerabilidade que torna o poema mais impactante.
Emoções: As emoções do eu lírico são predominantemente de tristeza, dor e saudade. No entanto, há também um subtexto de resistência, onde o eu lírico luta para encontrar algum consolo ou alívio, mesmo que temporário.
Conclusão
Desfecho: O poema termina com a palavra "agonia," reforçando o sentimento de dor contínua. Não há uma resolução definitiva, o que sugere que a dor do eu lírico permanece, apesar de seus esforços para lidar com ela.
Efeito Geral: O poema deixa uma impressão de dor profunda e inescapável, onde o amor perdido continua a influenciar e assombrar o eu lírico. O leitor sente a intensidade dessa angústia e é levado a refletir sobre a natureza do luto e da saudade.
Contexto Histórico e Biográfico
Autor e Época: Se eu soubesse mais sobre o autor e o contexto em que o poema foi escrito, poderia relacionar esses elementos com a expressão de dor e saudade no poema. Por exemplo, se o poema foi escrito após uma perda pessoal significativa, isso daria ainda mais peso emocional ao texto.
Movimento Literário: Se o poema fizer parte de um movimento literário específico, como o Romantismo ou o Modernismo, isso pode influenciar a maneira como interpretamos a expressão de emoções e a escolha de temas como a dor e a saudade.
Essa análise detalhada revela como cada elemento do poema "Agonia" contribui para a construção de um retrato emocional intenso e profundo, explorando a complexidade da experiência humana diante da perda e da saudade.
Claro que esta é a visão de um leitor do poema Agonia. E não tendo o conhecimento da inspiração da poetiza ao escrevê-lo, esta analise pode não conter todos os sentimentos da autora do poema Agonia.
O poema "Agonia" explora temas de dor, saudade, e a luta interna para encontrar alívio em meio à tristeza e ao vazio deixado por uma ausência sentida profundamente. A estrutura do poema é composta por quatro estrofes, cada uma abordando diferentes aspectos da angústia emocional vivida pelo eu lírico.
"Se não houvesse um poema
Ou um verso qualquer
Que não me falasse, nada de ti
Nesse vazio mudo, eu já teria morrido!"
A primeira estrofe estabelece o cenário emocional do eu lírico, onde a ausência de palavras ou versos que falem sobre o ser amado cria um vazio insuportável. O uso de "vazio mudo" reforça a ideia de um silêncio que não só é físico, mas também emocional, um silêncio que suprime a existência e que poderia levar à morte emocional. O poema, então, torna-se uma forma de sobrevivência, um elo que mantém o eu lírico ligado à memória do ser amado.
"E essa triste que carrego nos olhos
Será sempre o meu triste pesar...
Quando nas noites de melancolias.
Sinto tu’alma se aninhando ao meu ser!"
Aqui, o poema aprofunda o estado de tristeza. A "triste" personificada se torna um peso constante, algo que o eu lírico carrega nos olhos, simbolizando as lágrimas ou a dor visível. As "noites de melancolias" reforçam a ideia de que a solidão e a tristeza são mais intensas à noite, quando a presença da alma do ser amado é sentida, se aninhando, como se ainda buscasse conforto na união que existia.
"E longe, ouço o cantarolar do vento
Assoviando, entoando melodias de amor.
Mesmo nesses dias tristonhos e sem brilho
Ainda, assim, tu se atreve e vem falar de nós!"
Na terceira estrofe, o vento ganha vida e simbolismo, tornando-se um mensageiro de memórias e sentimentos de amor que ainda ressoam, apesar da tristeza que permeia os dias do eu lírico. O uso da palavra "atreve" indica que, apesar das circunstâncias sombrias, as lembranças do amor continuam a invadir o espaço emocional do eu lírico, como uma força persistente que não pode ser ignorada.
"Entretanto, ainda ouço cantarolar
Mesmo carregando n’alma o pranto.
Pra tentar, disfarçadamente me aliviar
Da dor, dessa triste agonia. Correndo o meu ser"
A última estrofe encerra o poema com uma nota de resignação. O "cantarolar" que continua a ser ouvido é agora um reflexo da luta interna do eu lírico para encontrar algum alívio, mesmo que temporário, para a dor que corrói sua alma. A agonia mencionada no título é plenamente vivida e reconhecida, mas o eu lírico ainda tenta, mesmo que de forma disfarçada, aliviar-se desse sofrimento.
Agradeço a poetiza por permitir essa analise. Um grande abraço