Escrito ao longo de cinco dias no hospital Cinco Dias no Limite
Cinco dias, apenas cinco, Mas parecem ter durado uma vida, Cada manhã traz consigo um novo medo, E uma nova esperança, Que se mistura ao brilho do sol lá fora.
As máquinas soam como um relógio, Marcando o tempo que ele não sente, Um tempo que não pertence a nós, Mas que seguimos contando, Como se a conta pudesse nos salvar.
Os médicos falam em termos técnicos, Palavras que deveriam trazer conforto, Mas que só aumentam a angústia, Cada atualização uma faca de dois gumes, Esperança e desespero, lado a lado.
E ainda assim, eu espero, Porque não posso fazer mais nada, A não ser sentar nesta cadeira, E acreditar que, no final, Ele voltará para onde o sol também brilha.
Cinco dias que não terminam, Cinco dias em que o mundo lá fora continua, Mas aqui dentro, o tempo está suspenso, À espera de um milagre, Ou de um adeus definitivo.
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Leia o texto que deu origem a esta carta. Esperança entre Máquinas e Memórias A Sales
Enviado por A Sales em 28/08/2024
Alterado em 28/08/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |