A Mosca na Minha Sopa
Lá estava eu, tão despreocupado,
Com minha sopa quentinha, um prato sagrado,
Quando de repente, sem aviso ou sinal,
Uma mosca pousou, num voo casual.
Ela nadou entre legumes e caldos,
Como se aquele fosse seu refúgio dos altos,
Eu, com a colher, sem saber o que fazer,
Se tirava a intrusa ou se tentava entender.
"Será que gostou do tempero, danada?"
Pensei com humor, com a sopa entalada.
E a mosca, sem pressa, continuava a flutuar,
Como se meu jantar fosse o mar pra explorar.
Dei um suspiro, tentei me conter,
Mas era impossível, comecei a tremer.
Não de medo ou nojo, veja você,
Mas do riso que veio sem me conter.
"Ó mosca travessa, o que veio buscar?
Se é um convite pra jantar, pode se apressar,
Pois sopa com mosca não é meu ideal,
Prefiro você num voo livre e normal!"
E assim, com um gesto, a retirei dali,
A sopa, acredite, continuei a engolir.
Pois a vida é assim, cheia de surpresas,
Até mesmo na sopa, surgem pequenas certezas.
No fim, quem diria, foi bom pra variar,
Uma história pra contar, um riso pra soltar.
Então, se um dia, uma mosca na sopa surgir,
Lembre-se: é a vida querendo te divertir!