Riacho de Amor
Por entre verdes matas, calmo e puro,
Desliza o rio em sonho de quimera,
Levando em suas águas, mansa espera,
O brilho do luar, sereno e seguro.
Suave é o murmurar desse sussurro,
Que a alma acaricia, e não se altera,
Trazendo ao coração a primavera,
Que em cada gota espelha amor tão duro.
Corrente mansa, afago a cada instante,
Espelho de ternura em doce canto,
A paz se faz presente em cada margem.
E quem por ele passa, amante errante,
Encontra na pureza o fim do pranto,
No abraço desse rio, doce aragem.