O rei do Sertão
No sertão, onde o Sol reina com fervor,
Um dia ele decidiu descansar,
Pediu à Lua, com carinho e amor,
Que o substituísse por um luar.
A Lua, surpresa, aceitou o convite,
E ao céu subiu com todo esplendor,
Brilhando forte na noite, convite
Para um baile celeste de amor.
A Terra, acostumada ao Sol brilhante,
Ficou maravilhada com o luar,
As estrelas, num dançar radiante,
Iluminaram a noite sem par.
Os animais, nas matas e campos,
Observaram o céu com admiração,
Pois a Lua, com seus raios tampos,
Trouxe uma nova iluminação.
Mas o Sol, após sua breve folga,
Voltou ao céu com vigor renovado,
E a Lua, com uma saudade da toga,
Se despediu com um brilho adorado.
Desde então, a folga do Sol e a surpresa,
Da Lua, se tornaram uma lenda bonita,
Onde o céu, com sua dança e beleza,
Nos encanta com uma noite infinita.