O amor, ardente e tão envolvente,
Em seus gestos de paixão e fulgor,
Desfez-se em brisa fria e indiferente,
Apagando em nós o antigo calor.
Cada olhar, agora, é sem brilho,
Cada toque, um vazio tão sutil.
Nosso laço, antes forte e tranquilo,
Tornou-se distante, frio e febril.
De amantes a estranhos, devagar,
Fomos nos perdendo, sem saber,
Que o amor se desfaz no desamparar,
E o coração começa a doer.
O amor deu lugar à solidão,
Em nós nasceu a separação.
Poesia feita ao perceber que o sentimento também pode mudar com a mesma intensidade do vento em dias de chuva. Para entender melhor leia o Soneto transformação do Sentimento