Chamas
No silêncio profundo da floresta que arde,
A árvore queimada lamenta sua sorte,
O vento impiedoso espalha o fogo cruel,
Num balé de destruição, um adeus à paz.
A água, outrora fonte de vida, evapora,
O calor sufocante pelo fogo devora,
Nuvens escuras carregam a dor latente,
Lágrimas de tempestade, brotando sementes.
O sol escaldante aquece a terra ferida,
Enquanto a natureza, em prantos, implora,
Por um renascer, uma esperança perdida,
Na chuva que trará a vida de outrora.
Chamas dançam na escuridão da noite,
Consumindo tudo, deixando cinzas ao léu,
Mas a natureza, resiliente em seu ser,
Clama por redenção, sob o vasto céu.
E assim, no coração da terra abrasada,
Uma prece se eleva, num murmúrio solitário,
Por um renascer após a destruição que avança,
Onde a vida floresça, e as chamas se tornem lembrança.
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