Entre a Presença e a Ausência
Por que choras, se a dor reside em quem fica e não em quem parte? O vazio que sinto é a marca do amor que uma vez foi preenchido por sua presença. Quando estava longe, meu coração ansiava por tê-lo ao meu lado, por compartilhar momentos que agora se perderam no tempo.
E quando finalmente estivemos juntos, parecia que ainda havia uma distância entre nós, como se algo invisível nos mantivesse separados. Eu buscava a proximidade, mas você, mesmo estando tão perto, parecia distante, inalcançável.
Agora, que tudo se foi, a dor é um eco constante em meu peito. O que restou são memórias, doces e amargas, que revivo em silêncio. Cada lembrança é uma mistura de alegria e tristeza, de amor e perda, um paradoxo que me faz questionar o que realmente significou para nós.
Mas, talvez, já não importe mais. O que vivemos, mesmo que tenha sido breve, foi real. E embora a dor persista, ela é a prova do amor que sentimos, do vínculo que criamos, mesmo que o tempo tenha decidido levá-lo embora.
Por fim, aceito que o amor é assim, uma dança entre a presença e a ausência, entre o desejo e a realidade. E mesmo que a perda seja dolorosa, ela não apaga o valor do que foi compartilhado, pois o amor verdadeiro permanece, mesmo na saudade.