NÃO HÁ LUZ NO FIM DO TÚNEL
Ao anoitecer que descobri a razão dos meus tantos pensamentos.
Tua falta me contorcia o imaginar, sem endereço, só a saudade podia lhe encontrar.
A dor era tamanha, claustrofóbica, deixava sem ar meu quase morto coração.
A razão já se passava pelo incoerente do incerto, imaginar seu rosto era como muitas vozes, apenas um protesto.
Contrariando a lei da física, a formula quântica, o valor relativo correto do verbo eu sou, imperfeitamente desisti.
Sem forças, como prossegui? Sem você, aquela luz no fim do túnel... Só um abismo. Cair.
Lá dentro não existia fim, a dor se intensificava ao quadrado, não ouvia meu próprio pensar.
Escuridão, imensidão sem luz, se pensar era doer, destruía-me não pensar em você, era como não ter existência, não ter vida.
Um buraco dentro de outro buraco, o silêncio dentro do próprio vazio, apenas o nada do nada existente.
Gritava mesmo sem ouvi meu próprio som, o eco sumia, desaparecia, sem chegar ao fim do nada, me entreguei, deixei de lutar, deixei de existir...
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