No Silêncio da Solidão
Na sombra quieta, em que me vejo ausente,
Um eco vaga pelo meu coração.
É um sussurro triste e tão persistente,
Que faz da alma fria a habitação.
Os dias passam, longos, sem razão,
Enquanto penso em quem jamais me sente.
A solidão me toma pela mão,
E guia-me a um vazio incandescente.
Por vezes clamo ao vento, tão disperso,
Que leve o peso desse existir sem brilho.
Mas tudo volta, em eco, ao universo.
E no silêncio, traço meu esboço,
Tentando achar, nos passos do exílio,
O que me falta para ser inteiro em gosto.